finalmente você decidiu
levar com você a nossa tristeza.
calada e sozinha
rompeu a noite avessa
com um verso de Celan
- o seu Celan.
mas tua ira, tua falta, a agonia
são versos nossos, essa ironia
os mesmos calices de vinho
onde exitei e voce foi - sem ninguem
me vem teu riso, tua graça,
tua delicadeza. lembro dos demonios
coroados de ousadia. mas ficamos sem você,
sem saber; confusos do amor que não te demos.
eu que te rejeitei e sofri da armadilha de uma dor
eu que cai no fogo cego da maldição que compartimos
(se eu pudesse eu te punha no colo e te dava os beijos de irmazinha que pedias. te diria de uma vez por todas que essa loucura é uma brisa, que somos crianças ainda. eu te pediria perdão e não deixaria voce escapar a minha mais cara piada.
por teu riso, por mim, por cada um de nós.
domingo, 31 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
casinha
infelizmente, a perda
me abriu as portas do sagrado.
tem sido assim, no adeus
e cansado,
vou desfazendo propriedades
desprendendo do tão caro
- desfaço o laço no sonho antigo
e despeço o todo a partir de um pedaço:
no adeus
Mata em chama e calada
rios, flores e passaros.
ha luzes do entre galhos
um alburno
estraçalhado.
Cheia de vida
orgone de outras terras
partida em frangalhos.
casinha de terra e poesia
que pena
que saudade de mim
me abriu as portas do sagrado.
tem sido assim, no adeus
e cansado,
vou desfazendo propriedades
desprendendo do tão caro
- desfaço o laço no sonho antigo
e despeço o todo a partir de um pedaço:
no adeus
Mata em chama e calada
rios, flores e passaros.
ha luzes do entre galhos
um alburno
estraçalhado.
Cheia de vida
orgone de outras terras
partida em frangalhos.
casinha de terra e poesia
que pena
que saudade de mim
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