sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Yashanti 2
sem dormir, não estou só
não posso invadir a solidão
e clamar meu abandono
ei-la enfim como a madrugada
ei-la como o fim da noite
eis uma promessa
ei-la uma esperança
(in body, embodied by that which embodies everything)
mas e se foi assim desde que a vi
e guardei dela
algo que é meu?
e se distantes entre amores
ou amantes e perdidos
num encontro?
Algo sabe mais
e leva ao caminho
que se abre?
estávamos juntos,
caminhamos juntos?
a noite é sem fim e a madrugada é espera.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
these are the words
these are the words that are prior to
myself
these are the founding words
the ones I cannot escape
the words that make their point
holiness, attachment, peace
loving, dying and forgiving
these are the worls that fill me
the streaming words
the underline,
longing and contact
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
the hours
Here where time is limitless
I hear the sound of nature screaming
and hours are not hours
like music or my own sound
Here where winds are rare
and Life is restless, I run
these fields in search
of something
I stay but I could go
I pause and pay attention:
is there something inside
which is me?
For here is the landscape
of muteness, of nothing
but all alive and vital
for life and Life again
returning
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
driving my car
so I could tell you about your body
since it was full moon out
and how it urges for the passions it has
and in passion lies very quietly,
or say about your hair,
a nest of dreams,
or eyes
that look in want of
everything.
or say of how, at one point
you sitting there, so very lovely
in an old matress in my room
was an like an angel in a temple
- blessing a blanket moon
or say wait
or say I am here
to watch unfold
this precious sparkling in your soul.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
necessary writing
so it was necessary writing
things like what now where to from yesterday
certain events you know like time itself as necessary to say... if,
as the splendour touching inescapably was there something consummated to the plan of things and things themselves, existing.
so it was day as day itself came over night after night and night again but that night.
domingo, 14 de setembro de 2008
leaving
he was preparing to leave: looking for a book he would take none. looking for music he chose the inner one. searching for his image he broke the mirror for he would not recognize himself. he would say good bye, and he would return, emptied.
but every day, a year with Rumi, he searched for strengh and guidance. it read, under September 14, "Sublime Generosity"...
sábado, 13 de setembro de 2008
Rumi
"My soul keeps whispering, Quickly,
be a wandering dervish,
a salamander sitting in its homefire.
Walk about watching the burning
turn to roses. As this love-secret
we are both blasphemy and the core of Islam.
Do not wait. The open plain is better
than any closing door. Ravens love ruins
and cemetery trees. They cannot help but fly there.
But for us this day is friends sitting together
with silence shining in our faces."
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
silence shining in our faces
desde sempre ele não caminhava sozinho. corria a seu lado uma claridade, uma leveza de espírito ou um sonho que era antes de tudo a presença de uma mulher. e essa presença, nunca materializada, não fosse como esperança, estava sempre la'. ela lhe era prevista, lhe era dada.
já ela tinha no horizonte o chamado de muitos deuses, e eles vinham do amor e do vento, e perderiam-se nela não fosse a espera, a guarda nos olhos de um homem especifico.
e foi então que uma noite eles se encontraram, e o que só assistia ao milagre passou a se-lo, abrindo os esperados caminhos.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
eu te amo
Hoje eu sei que estou sozinho e eu escrevo para você. Eu te amo para não te perder, para não te ver partir. E você vai embora, e eu continuo te amando, para não te perder, para não te ver partir.
Eu adormeci mas acordei sangrando. Que pecado eu cometi, onde começaram as traições - a ironia, o reverso da poesia, o cinismo? Muito antes. E hoje eu conheço amar por amar você. E você parte, e essa união dentro de mim, me leva e me deixa. Que peso e' esse, que distancia e' essa? E se não conheço o teu corpo o que eu conheço? E se ele muda sem mim, sem os meus olhos, onde estou? Que casa e' essa então, que não recebe, que faz de mim uma casa que não mais se habita? Estou cheio de vergonha desse amor, desse amor que luta através de mim, que ri das minhas chagas e do meu orgulho: ainda não, ele diz, e nunca.
Hoje eu não tenho um caminho, e essas poesias são gritos. Onde eu vou não te encontro. Estou sem paz sem você. Essa fraqueza sem fraquezas, essa insistência no futuro, esse morrer... Eu te amo sem te perder, bailarina, sem te deixar, mas sem mim. Eu caminho por Buenos Aires, pelas ruas mais tristes do Rio, por uma imensa saudade.
E entre esses soluços eu me pergunto do que você precisa, se eu podia te dar alguma coisa, cuidar de você ate algum fim. E' assim esse amor dentro de mim, bailarina, esse perdão. Ele te chama. Ele precisa de você. Ele não conhece defesa.
Meu amor, minha bailarina, minha tristeza, minha poesia. Meus. O movimento dessa graça, desse eterno, sem Deus, desse milagre. Eu te amo, muito, e sempre. Eu te espero, todo dia.
Hoje eu estou sozinho, com você. Eu quase não aguento.
Assinar:
Postagens (Atom)