terça-feira, 30 de outubro de 2007

um corpo

um corpo entre outros
(noite e vigília)
corpo de alma
de gozo e poesia.
da-se em atos
despercebidos
corpo retiro
do mundo no mundo.
meu corpo, de novo
(sombra de alma)
corpo que sangra
um copo de vida:
flecha e alvo,
luz e espelho
voz e soneto:
toca e vibra.
lembra de tudo
corpo partido
dor por não te
ter
corpo em suplício.
corpo e silêncio
que corpo, traído
que em ti, ainda pede
sonha, perdoa?
corpo de corpos
de amor, de limites
tão quente, de tudo
que chora, que diz.
um corpo não mente
comove, e doente
sente de novo
e se cura de si.
um corpo arrebata
de longe, ou cansado
corpo que resta
sozinho, alado.
corpo memória
e corpo futuro
corpo que agora
me faz
escrever

Nenhum comentário: