quinta-feira, 25 de outubro de 2007

João Paiva

do querido amigo e colega João, homem de mil mitos

"Há de abrir-se a flor do espinheiro
num manancial de ternura.

E da haste da fraqueza há de abrir-se,
um ninho de cuidado.

Onde as chagas serão flores,
na palma do coração.

E as dores, frutos alados,
na palma do coração.

E no sal da criança em madureis
há de vir o habitante do inóspito,
sem banir da haste o vulnerável.

Nos remansos da inquietude
esse cordão de alma
vige numa espera,

Que rasga, a cada vez,
as malhas de lã de ferro
coladas na pele,
abrindo brechas."

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