sexta-feira, 5 de outubro de 2007

fazenda

adeus barra funda

ainda
impregna tua areia
ainda chove em teu verde
à noite
escuto a tua mata
mas
adeus


deixo você, e em cada canto
em você, sabe, de mim

tão de mim
minha raiz do teu solo
minha ressaca adolescente
no nascer do teu dia

pula Samba, derruba o refugo
"Ourora" de ouro
puro sangue inglês

nos sonhos, tuas casas
que nunca ruínas
tu, guardas minha alma
que eu cuido de ti

de longe
saudoso
te digo, o adeus

a deus, barra funda
a Deus

Nenhum comentário: