quarta-feira, 20 de agosto de 2008

é impossivel dizer a deus, ou memória

quem é você que me faz tanta falta, e cuja saudade eu me lembro desde que me lembro - desde que há lembrança? você que surgiu num fim de tarde, como uma estrela do poente, e me deixou de madrugada sem teu brilho. Quem é você que foi mãe e foi terra, alma e poesia, noite e sonho? Você que retorna, ou é retorno, para dizer adeus - um adeus impossível.
sem nome, sem olvido, ao morrer não está morta. você que no amar revive, e parte, sem despedida, sem separação.
que união ensinas, em pedaços, cada parte nossa, eu que não mais existo? E me chamas docemente e me tocas.
não é possível dizer

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